sábado, 21 de junho de 2008

Mãe x Adolescente

Fiquei super contente por ter montado meu blog, mas ainda não consegui escrever. Tenho somente um computador em casa e minha filha adolescente o domina quando está por aqui.
Sem contar que ela corta minha inspiração ouvindo alto músicas que não consigo me acostumar, tipo pagode e funk.
Dizem que "pagamos" por aquilo que fizemos, e estou "pagando", colocando em dia tudo que fiz minha mãe ouvir de Supertramp e Pink Floyd.
Me lembro que me trancava no quarto que era meu e de minhas irmãs, ouvindo minhas músicas sem parar, mas enquanto isso eu lia, lia muito. Sempre fui curiosa e fazia pesquisas na biblioteca sobre os assuntos que tinha interesse. Quanto à escola, não era ligada nas matérias, queria mais.
Hoje pesquiso tudo que quero e preciso na internet e fico frustrada em ver que minha filha de 13 anos somente usa o orkut e msn. Com tanta coisa nas mãos, não usa nada. Juro que isso me preocupa. Estava comentando com um amigo virtual que a preocupação é que hoje somos pais revoltados com os filhos, antes alguns filhos tinham vergonha da "ignorância" dos pais e se rebelavam, queriam saber mais que eles. Hoje raros adolescentes querem ter conhecimentos gerais, se fecham a músicas sem conteúdo, que nem eles entendem. Eu fazia parte de uma minoria de jovens que não se envegonhava dos pais, meu pai nos acordava ouvindo BAch e minha mãe tinha uma estante repleta de livros que todos filhos liam também, pois demoramos a ter TV. Minha única vergonha era ter pais separados, enquanto alguns pais nem deixavam seus filhos terem amizades com filhos de pais desquitados. Hoje já virou normal isso, minha filha tem 3 quartos, um em casa, um na casa do pai e um na casa dos avós paternos, todos com Tv, som e demais confortos. Mas nada tem importãncia. Essa semana li que Bill Gates não acha nada saudável que os filhos cresçam sabendo que ter uma fortuna , então deixará grande parte de sua fortuna para obras de caridade. Ele está certo. Tento deixar para minha filha , pelo menos a mensagem que somos mais que um corpo bonito ou feio, frequentar uma escola particular ou pública, carro importado ou um Uno como um meu. Talvez eu tenha ainda um pensamento meio hippye, sei lá, mas quero mais que tudo isso para ela, que não seja tão desprendida como eu , nem tão materialista como está.

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